Quando você for ao Peru, em todas as cidades, mesmo que as pequenas, você poderá visitar pelo menos uma igreja, geralmente a principal que fica na Plaza de Armas, que é a praça central que existe em todas os municípios peruanos.
Em algumas terão catedrais enormes, muito bem projetadas e construídas arquitetonicamente, decoradas detalhadamente, no geral em estilo barroco. Essas visitas serão ótimas para entender como o catolicismo está presente nesse país, o qual o império Inca dominou por tanto tempo, deixando marcas muito fortes de um outro tipo de religiosidade, algo mais espiritual, misterioso e até um tanto mítico.
Para um povo que tem bastante enraizada a cultura Inca, com uma ancestralidade potente, a qual suas crenças são realmente passadas de pai para filho, fazendo com que a sua essência não se perca com o tempo. E para que as tradições permaneçam, todos os anos os peruanos realizam suas costumeiras festas, não apenas para alegrar, mas para celebrar e cultuar os deuses Incas.
Deuses Incas
Politeístas, o povo Inca acreditava em vários deuses, e em seus templos eram homenageados com celebrações e rituais de sacrifícios de animais, sempre em prol de sua sobrevivência como o combate à seca e às guerras, por exemplo.
Ligada à natureza, essa religiosidade diz respeito à mundos espirituais os quais cada um tem um guardião representativo de um animal:
- Serpente: do mundo baixo, representa a inteligência humana;
- Puma: do mundo do meio, representa a força espiritual humana;
- Condor: do mundo de cima, é o mensageiro dos espíritos mortos.
Inti – o deus Sol
O deus mais conhecido e poderoso dos Incas, é o Inti, o deus Sol, cultuado em quase todos os templos, mesmo nos recintos religiosos os quais outros deuses como o do Trovão, da Chuva, da Terra ou outros, são os consagrados. Como deus supremo da religião Inca, era e é o mais adorado, exercendo soberania inabalável.
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Festa do Sol
Para homenagear esse deus tão supremo, os peruanos celebram todos os anos, no solstício de inverno, ou seja, no dia 24 de junho, o Inti Raymi, a Festa do Sol, dia em que um evento histórico-religioso acontece na cidade de Cusco, passando por diversos pontos turísticos.
O Templo do Sol, o Qoricancha, exatamente por ser o local religioso destinado à sua cultuação, é o primeiro deles, e essa festa que colore a cidade, segue até a Plaza de Armas, onde acontece um cortejo que segue para a um complexo arqueológico, o Sacsayhuaman, onde acontece a cerimônia principal.
A celebração ganha força nesta cerimônia, na qual os participantes desse ato religioso, oram pelo Sol, o deus dominante dos céus e da luz que ilumina e esquenta a terra. O costume durante essa realização são os sacrifícios e as oferendas ao deus Sol, em agradecimento à chegada do novo ano agrícola que para os Incas, começava no mês de julho.
A festividade segue com muitas danças e músicas típicas, comidas andinas e bebidas deliciosas para uma multidão de espectadores ávidos por conhecer tão tradicional festival. A boa energia e misticismo que emana dessa festa é o que também atrai tantos turistas.
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