Q’eswachaka: a Ponte Suspensa Feita Pelos Incas!

Você já ouviu falar da última ponte inca? Não? Então você precisa continuar lendo esta matéria para descobrir mais sobre a história que envolve Q’eswachaka, assim chamada a ponte suspensa feitas pelas incas.

Para contextualizar, de moda resumido, durante todo o Império Inca, esta civilização que possuía grandes conhecimento e que ocupava um vasto território, desenvolveu uma grande rede de estradas com o intuito de facilitar a locomoção e comunicação entre os integrantes do império e, em mitos trechos, foi necessário a construção de pontes. Com o passar do tempo, partes das estradas e pontes foram se perdendo, mas a Q’eswachaka, a ponte suspensa feita de corda é única que se mantém até os dias de hoje. Demais, não é?! Vamos juntos descobrir mais sobre este importante lugar? Continue lendo!

∴ Onde fica a última ponte inca?

A ponte inca Q’eswachaka se encontra em uma área um tanto remota, na província de Canas, a aproximadamente 160km de distância ao sul da cidade de Cusco, em uma viagem que dura cerca de 3h30m de carro.

∴ Informações sobre Q’eswachaka, a ponte inca

Se nome, Q’eswachaka, tem origem do dialeto quéchua e significa, literalmente “ponte de corda”, pois é feita de ichu, uma espécie de fibra bastante comum na região do planalto andino. Ela está a mais de 3700 metros acima do nível do mar, tem 28 metros de comprimento e se estende criando uma passagem sobre o rio Apurímac.

A ponte foi declarada, em 2013 como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco, e é considerada um símbolo sagrado de ligação entre as comunidades locais, suas tradições e com a natureza.

Um dos fatos curiosos e que mais impressiona, é que a última ponte inca é reconstruída todos os anos, da forma tradicional, que vem sendo passada de geração em geração. Essa tradição de renovação da ponte tornou-se um ritual importante para a população local.

Q’eswachaka faz parte da chamada “Grande Trilha Inca”, chamada em quéchua de “Qhapaq Ñan”, que é uma rede de caminhos criados durante o Império Inca que liga Cusco, a antiga Capital do Império Inca, a lugares distantes, inclusive a outros países, como Chile, Argentina, Equador e Colômbia, tendo mais de 5 mil quilômetros de extensão.

∴ Como acontece o ritual de renovação da ponte inca?

Esta é uma cerimônia que acontece sempre na segunda semana de junho, todos os anos, há mais de 500 anos, o que permitiu que a ponte permanecesse por tanto tempo, tornando-se um símbolo da história e da cultura inca.

As comunidades locais, chamadas Huinchiri, Chaupibanda, Choccayhua e Ccollana Quehue, se reúnem já no final de maio para trabalhar e esticar as cordas que serão usadas na renovação.

A cerimônia de renovação da ponte inca tem duração de três dias. No primeiro, todos se reúnem no local e as famílias entregam suas contribuições para o mestre quéchua, ou também chamado de protetor Apu (apu, do quéchua, significa montanha), sendo este um ritual ancestral. Ainda no primeiro dia, a população transforma as cordas em cordas ainda mais grossas, para dar sustentação a ponte. As cordas são estendidas de um lado a outro do rio.

Já no segundo dia, as cordas antigas são descartadas e as novas são amarradas em cada lado da ponte. E, para finalizar, no terceiro dia de renovação, a construção ganha acabamento final, para formar a passarela e estabilizar os corrimões, conectando-os a base. Neste dia, a ponte reabre com festa, músicas e danças típicas, finalizando a celebração.

Neste processo, as mulheres são responsáveis por trançar as cordas, mas não podem fazer parte da reconstrução em si, pois este é um trabalho para os homens das comunidades. Tradição esta que também é seguida segundo ensinamentos ancestrais.

Estudos dizem que a reconstrução da ponte inca é feita anualmente não só para mantê-la em boas condições, mas também porque os povos quéchuas acreditam que, se a ponte não for refeita, o clima e as condições de tempo serão adversas para a agricultura. Os moradores locais dizem que nos anos em que Q’eswachaka não foi refeita, houveram granizo e secas e por isso sua reconstrução anual é tão importante.

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