Em tempos remotos, tremores e mais tremores abalavam as terras da região de Cusco, e assim, o povo desse antiguidade rendiam cultos a seus deuses e imagens para que a calmaria voltasse a reinar por essas terras.
Seus cultos e procissões não resolviam essa questão, deixando o povo cada vez mais temeroso dos desastres que a natureza lhes impunham. A cada período de tempo, eles colocavam suas imagens em orações para que cessassem os terremotos.
Com o passar dos tempos, unindo culturas tão ricas como a cultura Inca e a católica, por fim, e até como último recurso, escolheram a imagem de Cristo da Boa Morte para repousar no santuário do Templo Triomphe, e a partir de então, o equilíbrio se estabeleceu, a quietude chegou, reinando a paz por aquelas terras e corações tão cansados
Por assim dizer, ficou o Cristo da Boa Morte cultuado como o Señor de los Temblores, ou Senhor dos Tremores, na Semana Santa em Cusco.
A tradição
Uma bela configuração entre as tradições andinas e católicas trouxe aos tempos atuais essa linda festividade que é celebrada entre a segunda quinzena de março e a primeira quinzena de abril, mais propriamente na Semana Santa, em Cusco.
É quando, na Plaza de Armas de Cusco, a população sai em procissão junto à imagem do Senhor dos Tremores, que é levada por entre ruas da cidade, terminando o cortejo de volta à seu local de descanso, na Catedral de Cusco, catedral essa que é construída sobre o antigo templo dedicado ao deus Inca, “Apu lla Tikse Wiracocha”.
A imagem é cristã, mas a tradição de expor pelas ruas é Inca, quando eles levavam as antigas múmias de governantes e sacerdotes pela região, em exposição.
Ao final da caminhada, ramos da flor de ñhucchu, a salvia splendens, são jogamos sobre a imagem, em devoção à mesma, agradecendo pelo feito de encerrar o período de terremotos na região.
Um pouco mais de história
A imagem que conseguiu acalmar os tremores regionais, foi doada por Carlos V, em 1650, e rendidos a ela, a população passou a realizar esse culto na semana que antecede a Páscoa, sempre com muita festa, cortejos com muitas velas e círios, os quais suas fumaças, após longos anos, tornou a imagem mais escura, transformando-a em um Cristo Negro.
Essa procissão acontece todos os anos na Semana Santa, em Cusco, e é uma linda homenagem a essa imagem que acalmou a ira da natureza, uma festa muito apreciada tanto por peruanos, como por turistas que chegam do mundo todo para conhecê-la.
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